Um roteiro municipal brasileiro (I). Por Márcio Cotrim.




Enorme Brasil, heterogêneo Brasil, Primeiro Mundo do Sul, quinto no interior do Piauí. Cinco mil municípios de nomes que ora despertam encantamento, ora hilaridade. E até de lugares estrangeiros- você sabia que no Maranhão há uma cidade chamada Nova Iorque, e foi lá que nasceu Aldemir Santana, presidente da Federação do Comércio do DF?
Hoje tratei das cidades de nomes curiosos, numa surpreendente viagem por estes brasis. Se você duvidar do que vai ler agora, consulte o Anuário Estatístico do IBGE e confira. Vamos partir.
Selecionamos sonoridades cavas, mais soturnas. Manacapuru, (AM); Cururupu, (MA), Mulungu, (CE), Jucurutu, (RN), Tuntum, (MA), Tururu, (CE), Jucurucu, (BA), Iuiú, (BA), e Tacuru, (MS), até parece acachapante vaia, não é mesmo?
Agora, estridências mais agudas. Piripiri, (PI), Piuí, (MG), ah, a Rede Mineira de Viação, a famosa RMV (“Ruins Mas Vai”), apitando pelos campos das Alterosas!- Paraí (RS), Naviraí, (MS), Caracacaí, (RR), e Heitoraí, (GO), aí, hein Heitor!
A explosão oxítona e alegre de Oriximiná, (PA), Uauá, (BA); Quatingá, (PR); Quipapá, (PE), Cabrobó, (PE); Bodocó, (PE), Orocó, (PE), e Chorrochó, (BA).
Mas deixemos de lado os nomes de som curioso, vamos visitar lugares realmente estranhos. Recomendando que você imagine como se chama quem nasce numa cidade dessas.
Quem nasce em Esperantinópolis (MA), como deve ser tratado? Talvez de esperantinopolitense, não é? E quem nasce em Canhotinho, (PE) é canhoto ou tem que passar a sê-lo? E o natural de Catingueira, na Paraíba, será que fede mal? E quem viu a luz pela primeira vez em Itaquaquecetuba, (SP) ? O dilema é saber se esse justo cidadão é itaquaquecentubense ou itaquaquecetubano, oh, dúvida cruel!
Também vale a pena acasalar os nomes de alguns municípios pátrios. Afinal, não é impossível que uma doce e virginal donzela paraense nascida em Curralinho se apaixone por um guapo e impetuoso mancebo de Ponta Grossa, no Paraná. Trabalho e dor de cabeça para os ginecologistas locais...
Ou o rapaz nascido em Lagoa dos Gatos, (PE), que namora a menina de Arroio dos Ratos, (RS). Um encontro detestável, marcado por muitos arranhões e vida curta...
E vai por aí a amena viagem pelo fascinante pindorama nacional. No caminho, encontramos muitos olhos d’ água e interessantes nomes compostos como Oliveira dos Batistas, (BA); Contendas de Sincorá, (BA), Timbaúba dos Batistas, (RN), Rio Preto da Eva, (AM), Minador do Negrão, (AL), Coité do Nóia, (AL), Brotas de Macaúbas, (BA), Brochier do Maratá, (RS), Santopólis dos Aguapeí, (SP), Axixá do Tocantins, (TO), quanta surpresa ao longo da jornada!
Mas em nosso diário anotamos também nomes absurdos. Douradoquara, (MG), Catas Altas da Noruega, (MG), Brazabrantes, (GO), Trombudo Central, (SC), Bossoroca, (RS), Zé Doca, (MA)  Urucurituba, (AM), que tal?
A rica fauna brasileira aparece em Peixe-Boi, (PA), Tartarugalzinho, (MA), Carrapateira, (PB), Jacaré dos Homens, (AL), Marimbondo, (AL), Papagaios, (MG) e Anta Gorda, (RS), dentre tantos no gênero.
Outra divertida leva reúne novas passagens: Passagem Franca, (MA), Passa e Fica, (RN), Passa bem, (MG), Passa Quatro, (MG)- e Passa Vinte, (MG)! Como passa gente nesse País!
E por falar em passar, muito cuidado agora. Você vai conhecer Sombrio, (SC), Cruz das Almas, (BA), Tremedal, (BA), Quartel Geral, (MG), Barra dos Bugres, (MT), Não-me-Toque, (RS) e Bofete, (SP)! Abra o ollho!
Outras cidades há de nomes aparentemente sem explicação. Em alguns, porém, até que dá para entender: Braganey, no Paraná, é com certeza uma homenagem ao ex-governador Ney Braga. E você sabia que existe uma formiga chamada uana?Pois é, no velho Mato Grosso havia um lugar em que ela abundava. Sabe como se chama hoje essa cidade? Literalmente Aquidauana, altiva e feliz no Centro-Oeste.
A propósito, existe uma cidade chamada Feliz, no Rio Grande do Sul, outra chamada Deserto, em Alagoas, mas a mais interessante é aquela que, digamos, melhor deve acolher as grávidas deste País: Espera Feliz, em Minas Gerais. Tudo a ver com a tradicional hospitalidade daquela plagas...
E que dizer da estranha Montevidéu, em Goiás, de Amaral Ferrador, (RS), Pântano Grande, (RS), Palma Sola, (PR), Jaboticatubas, (MG), Alpercata, (MG), e as incríveis Nacip Raydan, (MG) e Sud Mennucci, (SP)?
O trabalho deve ser árduo em Faina, (GO), e a riqueza certamente marca a existência de lugares como Fartura, (SP), Áurea, (RS), Pastos Bons, (MA), Cascalho Rico, (MG), e Fortuna de Minas, (MG). Em compensação, que pobreza hídrica em Biquinhas, (MG); e que fedor em Borrazópolis, (PR).
Passamos por Lagoa da Confusão, (TO), que, aliás, nada tem de confusa. Depois cruzamos Rio Sono, (TO), Panelas, (PE); Luminárias, (MG), Rodelas, (BA), Bazaê, (BA), Ibiassucê, (BA), e Calambau, (MG), berço de queridos amigos de Brasília.
De olhos ainda arregalados concluímos a primeira parte da nossa jornada tupiniquim. Semana que vem vamos deliciar-nos com os nomes bonitos, apenas bonitos e, finalmente, vamos viajar ao exterior sem sair do País.
Grande Brasil, curiosos Brasil!
Correio Braziliense,  03 de outubro de 2015.  

REVISÃO E ACOMPANHAMENTO METODOLÓGICO.

REVISOR DE TEXTOS e ORIENTAÇÃO METODOLÓGICA

REVISÃO: Revisão de trabalhos acadêmicos, livros, trabalhos publicitários, entre outros. 
ORIENTAÇÃO METODOLÓGICA: orientação para elaboração de trabalho de conclusão de curso.

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TEXTO PARA REFLEXÃO: "A ARTE DE MORRER".

A ARTE DE MORRER.

“Mas como se ririam então, e como pasmariam de nós aqueles homens imortais! Como se ririam das nossas loucuras, como pasmariam da nossa cegueira, vendo-nos tão ocupados, tão solícitos, tão desvelados pela nossa vidazinha de dois dias, e tão esquecidos e descuidados da morte, como se fôramos tão imortais como eles? Eles sem dor, nem enfermidade; nós enfermos, e gemendo; eles vivendo sempre; nós morrendo; eles não sabendo o nome à sepultura; nós enterrando uns aos outros. Eles gozando o mundo em paz; e nós fazendo demandas e guerras pelo que não havemos de gozar. Homenzinhos miseráveis (haviam de dizer), homenzinhos miseráveis, loucos, insensatos, não vedes que sois mortais? Não vedes que haveis de acabar amanhã? Não vedes que vos hão-de meter debaixo de uma sepultura, e que de tudo quanto andais afanando e adquirindo, não haveis de lograr mais que seis pés de terra! Que doidice, e que cegueira é logo a vossa? Não sendo como nós, quereis viver como nós?
Assim é: Morimur ut mortales: vivimus ut immortales [Morremos como mortais: vivemos como imortais]; morremos como mortais que somos, e vivemos como se fôramos imortais.
(...)
Ora, senhores, já que somos cristãos, já que sabemos que havemos de morrer, e que somos imortais; saibamos usar da morte, e da imortalidade. Tratemos desta vida como mortais, e da outra como imortais.”

Pe. Antônio Vieira. A Arte de Morrer. 2º sermão da 4ª feira de Cinza. Ano de 1673,  séc. XVII.

Outra visão sobre Ninfomaníaca.

Para a sociedade, “vício em sexo” é doença. Para Lars Von Trier, apenas mais uma das verdades inconvenientes que a burguesia não quer escutar, para não se sentir doente.


Por Bruno Lorenzatto*
Joe, a personagem principal de Ninfomaníaca, não é louca ou alienada, mas seu comportamento ou modo de vida é patologizado pela psiquiatria. Sua doença? O sexo compulsivo. Numa época em que a norma ou o normal significam nada menos que a produção e multiplicação das patologizações, das classificações intermináveis dos modos de vida como doenças possíveis, Joe é a resistência da vida que não se deixa capturar pelo discurso médico-psiquiátrico, isto é, em certo sentido, o discurso moral. De maneira que seus modos de subjetivação (isto é, como Joe se constitui como sujeito moral, racional, sexual etc no interior da sociedade) questionam o padrão, a norma, a pretensa igualdade entre os seres: a concretude da existência contra a abstração metafísica, tal é a luta que está em jogo em Ninfomaníaca.
Talvez seja preciso lembrar de Nietzsche — que subverte a dicotomia saúde x doença. Para a sociedade o “vício em sexo” é uma doença. Para Lars Von Trier é apenas mais uma das verdades inconvenientes que a burguesia não quer escutar (para não se sentir ela mesma doente).
Joe está além da moral porque não se preocupa em seguir as prescrições mais fundamentais impostas pelo código moral do Ocidente. Duplo crime, dupla marginalidade: ser mulher e ser “viciada” em sexo. A ética de Joe se dá precisamente onde não há mais ética pré-definida — este parece ser o ponto de vista delineado pelo filme. Ao afirmar sua diferença ou singularidade, Joe conjura a “Razão Universal”, recurso amplamente utilizado desde o iluminismo para prescrever normas e condutas morais. No entanto, a transgressão de Joe engendra uma ética possível: “Torna-te o que tu és”.
(Me pergunto se não seria possível uma abordagem feminista do filme: Joe, uma mulher: é o sujeito que fala. Joe, uma mulher: é o sujeito do desejo.)
Lá onde o espaço dos afetos, dos acontecimentos brutos e do “real” predominam, a história de Joe supera a ordem das representações – não há coerência ou ações previsíveis. O sujeito cede lugar às experiências contraditórias, limites e improváveis que o constituem, e ao mesmo tempo anulam sua aparente unidade, de modo a produzir uma multiplicidade de “Joes” irredutíveis. Espaço subjetivo sem dúvida perigoso e desconcertante, no qual a vida da personagem radicalmente se desdobra.
Importante observar: mesmo a culpa manifestada pela personagem, em decorrência de seus “desvios”, é ambígua, culpa performada ou teatralizada, em todo caso, provisória. Embora chame a si mesma de “mau ser humano” (essa fala se repete algumas vezes), deixa claro: a sociedade que a patologiza, Joe afirma, é ela mesma doente.
Lars Von Trier não oferece respostas ou soluções. Ele não se preocupa em responder as aporias, que atravessam a vida contemporânea, tematizadas em Ninfomaníaca. Sua abordagem é a da problematização, da abertura dos paradoxos que formam historicamente a sociedade ocidental. A sexualidade, o crime, o desvio, a norma, a doença, a verdade, a afirmação da vida, ou a negação da vida – tais são os temas que percorrem o filme. Se há uma tomada de partido (e creio que há) na estética de Ninfomaníaca, esta é: escutemos com atenção os paradoxos que constituem a sociedade – os mesmos que nos subjetivam.
Bruno Lorenzatto é licenciado em História e mestre em Filosofia pela PUC-Rio
fonte:http://outraspalavras.net/blog/2014/03/26/outra-visao-sobre-ninfomaniaca/.

MEU FILME DO FERIADÃO: "PIAF- UM HINO AO AMOR".

PIAF,  UMA HINO AO AMOR.

Aproveitei o feriadão, deste carnaval de 2014, para assistir “PIAF”, há tempos que pretendia vê-lo, mas as diversas ocupações e preocupações não me permitiam.
O filme é um relato da vida e carreira da cantora francesa Edith Piaf, tem como  como diretor Olivier Dahan  e estrelado por Marion Cotillard no papel de Edith.
Prende-se ao relato cinematográfico desde as primeiras cenas, estas não seguem o roteiro tradicional de início, meio e fim. Inicia-se pelo declínio físico da protagonista, intercalada com o relato dos primórdios de sua trágica vida.
Essas sequências de cenas que se alternam entre fim, meio e início levam o espectador a uma comparação entre os eventos que se sucederam ao longo da vida da protagonista e sua trajetória artística. Toda a película tem como centro a pessoa de Edith, ela é estrela, o sol ao redor do qual giram outros atores secundários. Os cenários são sempre alternados entre a claridade e a meia-luz, nunca a escuridão completa. Edith era uma mulher das noites parisienses, a diva dos amantes, das casas noturnas.
PIAF, o pequeno pássaro, a diva que viveu intensamente, tanto a miséria quanto o glamour, uma bela história de vida e de como a vida forja os grandes artistas. Uma ótima dica de filme.

Leiam mais informações no site: <http://www.ochaplin.com/2013/02/piaf-um-hino-ao-amor-cinebiografia-de-edith-piaf-com-tons-de-grandiosidade-traz-uma-marion-cotillard-irretocavel.html>


Por Roner Gama

COLO DE MÃE É MELHOR.


O sistema escolar brasileiro está falido. É uma máquina de produção de analfabetos funcionais, onde é mais frequente deseducar-se que aprender.


Uma boa definição de loucura é repetir a mesma ação esperando resultados diferentes. Esta é, todavia, a especialidade de nossos governantes.

O ensino brasileiro estava muito ruim. Aumentaram o ano letivo, passando de 180 para 200 dias. Ficou péssimo. A nova solução, como sempre, é mais do mesmo! As crianças agora serão arrancadas por lei dos braços da mãe na tenra idade de 4 aninhos, para serem jogadas nos depósitos de crianças que hoje passam por escolas, onde aprenderão a escrever errado, inserir receita de miojo na prova e mesmo assim passar de ano até se ver em uma faculdade, ainda analfabetas funcionais.
Diz-se que o Estado finge que paga, o professor finge que leciona e os alunos fingem que aprendem. Já é péssimo que isso seja, em grande medida, verdade. Há professores heroicos, que fazem do magistério um sacerdócio. Mas não são nem poderiam ser a maioria, e raros são os que mantêm o entusiasmo, ano após ano, perdendo a saúde, sem remuneração condigna, sujeitos a alunos cada vez menos educados, logo menos capazes de aprender... ou de se comportar em sala.
E a solução proposta para os alunos que não passam de ano é que sejam passados – pois outra coisa não é a tal “progressão continuada” senão uma obrigação de aprovar o analfabeto e empurrá-lo para a série seguinte, em que evidentemente aprenderá ainda menos por não ter aprendido o que deveria ter vindo antes, a base para a próxima matéria.
O sistema escolar brasileiro está falido. É uma máquina de produção de analfabetos funcionais, onde é mais frequente deseducar-se que aprender – aliás, o Bonde das Maravilhas, último horror do funk carioca, surgiu numa escola...
E essa triste palhaçada agora há de começar aos 4 anos de idade!
Quando meus filhos eram pequenos, algumas vezes perguntaram à mulher da minha vida em que creche eles estariam. A resposta era sempre a mesma: “Creche?! Eles têm Mãe!” Dava até para ouvir o “M” maiúsculo. A indignação dela é compreensível: a educação da criança compete primordialmente à mãe e ao pai. Em alguns casos – como quando a mãe se vê forçada a trabalhar fora ainda na primeira infância dos filhos –, é necessário que uma criança seja posta em uma “escolinha” antes de aprender a ler, mas é sempre um sacrifício. Melhor seria se estivesse com a mãe, e o ideal seria que estivesse com a mãe e o pai.
Mais valeria fechar o MEC e oferecer bolsas para os mais pobres em escolas particulares. Em vez disso, vão é arrancar as criancinhas de 4 anos do colo da mãe. Loucura.

Publicado no jornal Gazeta do Povo.

Carlos Ramalhete é professor.

fonte: MÍDIA SEM MÁSCARA.

A ignorância é cult...


A Ignorância é cult...


Quando a criança aprende uma língua, é natural que, antes mesmo de ler e escrever, identifique e associe palavras ao significado. Muitos pais se surpreendem quando ela aponta para um livro e repete exatamente o que está escrito. Cachorro, gato, backyardigans... Especialistas em educação infantil não veem surpresa. É o processo natural, dizem.
Por isso, na infância, quanto mais cedo melhor para elas aprenderem. Vale tanto para o português quanto para uma língua estrangeira. Sim, elas são capazes de entender ─ ouvir e falar ─ outro idioma mesmo sem conhecer nada de ortografia, gramática etc. Nessa fase, é normal que escrevam cachorro com x e enxergar com ch.
Muitos pais até se divertem. Afinal, mesmo “errando”, o filhinho ou a filhinha segue uma lógica que faz todo o sentido. E, até então, ele ou ela ainda é apenas uma criança. A próxima etapa será dominar a norma culta. O processo é praticamente o mesmo em todo o mundo ocidental.
No Brasil, porém, algo de muito estranho acontece. Gente que deixou de usar fraldas muito tempo atrás continua a grafar enxergar com ch e, por incrível que pareça, está chegando à universidade ainda nesse estágio e recebendo aplausos do governo. O ministério da Educação não “encherga” nada de errado nisso. É capaz de dar nota mil para a redação do gênio!
Sim, merece repúdio o professor que, em vez de ajudar, humilha o estudante que erra a grafia óbvia de uma palavra. É uma estupidez. Mas daí ao MEC optar pela pedagogia do “nóis pega o peiche” constitui sandice ainda maior. Imagine médicos, jornalistas, professores, advogados e doutores que o país formará daqui para frente. O prodígio pode até se tornar ministro do Supremo, pois no Brasil tudo é possível, mas pelo próprio mérito dificilmente passará num concurso para juiz de primeira instância.
E tudo parte do coitadismo: a teoria de que se está combatendo supostas convenções elitistas e suas regras discriminatórias à sabedoria natural dos pobres e oprimidos. A linguagem escrita evolui e incorpora modismos, progressos e retrocessos da fala. Mas, nunca antes na história da humanidade, país nenhum tentou elevar a ignorância à condição de norma culta. O Brasil será pioneiro nesse quesito.
É verdade que alguém pode ser sábio sem nunca ter posto o pé na escola. Assim como merece aplauso o poeta popular capaz de superar qualquer vate Ph.D─ apesar de os versos não seguirem as regras da academia. Mas eles são a exceção. A regra costuma ser outra bem diferente: é aquela que não passou do chachorro com x se transformar em adulto jeca. Ou pior: num doutor jeca.

Por Plácido Fernandes Vieira
Placidofernandes.df@dabr.com.br CorreioBraziliense- Opinião. 20 de março de 2013

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