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Nós e os outros.

Estava pensando nas diversas pessoas que já passaram por minha vida. Sabe quando se está á toa e de repente nos sobrevem a imagem de alguém , de uma situação? Pois é , foi um desses momentos.Aí tentei fazer um flashback, relembrar nomes, rostos, ações e situações... Foram muitas as lembranças; saudades de uns, raiva de outros e ao fim boas lembranças.Valeu a pena porque o que nos fica é a lembrança, boa ou ruim, o que aprendemos com cada um, o que passamos e sentimos com o outro.     Bom , creio que possa dizer o seguinte : " CADA INDIVIDUO É  O QUE VIVE E O QUE SENTE." Roner Gama

O PREÇO DA FLOR- MALLU MAGALHÃES.

Qual preço dessa flor Que vem de um lote enumerado Fabricação no estado do Rio E tem Alfinete tão fechado Tão desacostumado com o frio Mas encondo o desejo Escolho no bairro Um lugar de esconder E vai Mais um quase beijo Porque só a noite cobre Os defeitos do ser Qual preço dessa flor? Que vai entre os tantos fios De cabelo nos vazios de cor E cai se o vento sopra a prova Que a boca seca tem seu sabor Mas encolho os dedos E aperto nos olhos O medo do fugir E vai Mais um quase toque Na pele que arde De tanto fingir Qual preço dessa flor? Que cai do lote enumerado Sem fabricação ou estado de Rio E tem Alfinete tão fechado Tão desacostumado com o frio Mas encolho os dedos E aperto em olhos O medo de fugir E vai Mais um quase toque Da boca que arde De tanto fingir

Sem traços estereotipados, o sotaque do brasiliense começa a ser desenhado

Embora a sensação seja de que não é possível identificar instantaneamente a característica do falar do brasiliense, quem vive em Brasília já começa a desenhar uma pronúncia diferenciada. Com tanto sotaque misturado, de norte a sul do país, a solução foi procurar um denominador comum. Mesmo quem veio para a capital federal adulto não fala mais como os conterrâneos, e quem nasceu em Brasília tende a não puxar nenhuma marca regional saliente, como o R acentuado do interior do Brasil ou o S chiado do carioca. “Eu sou mineiro e tenho vizinho do Maranhão, do Piauí. Quando vejo, estou falando meio misturado”, disse o corretor Fabrício Afonso de Lima, 23 anos, que mora em Brasília desde os seis. A falta de uma marca “estereotipada” pode ser o nascimento de um falar tipicamente candango, destaca Stella Maris Bortoni-Ricardo, professora da Universidade de Brasília e uma das autoras do livro O falar candango. Para ela, os diferentes sotaques se ajustam no intuito de facilitar a comunicação. ...

Onde anda você.-Vinícius de Moraes.

E por falar em saudade onde anda você Onde andam seus olhos que a gente não vê Onde anda esse corpo Que me deixou louco de tanto prazer E por falar em beleza onde anda a canção Que se ouvia na noite dos bares de então Onde a gente ficava,onde a gente se amava Em total solidão Hoje eu saio na noite vazia Numa boemia sem razão de ser Na rotina dos bares,que apesar dos pesares, Me trazem você E por falar em paixão, em razão de viver, Você bem que podia me aparecer Nesses mesmos lugares, na noite, nos bares Onde anda você? Composição : Toquinho / Vinicius de Moraes / Hermano Silva

"OS LIVRO MAIS INTERESSANTE ESTÃO EMPRESTADO."

Os livro mais interessante estão emprestado A menção a leituras informa que a frase reproduzida no título do post não foi pinçada de alguma discurseira de Lula. Mas os autores do livro didático “Por uma vida melhor”, chancelado pelo MEC, decerto se inspiraram na oratória indigente do Exterminador do Plural para a escolha de exemplos que ajudem a ensinar aos alunos do curso fundamental que o s no fim das palavras é tão dispensável quanto um apêndice supurado. O certo é falar errado, sustenta o papelório inverossímil. A lição que convida ao extermínio da sinuosa consoante é um dos muitos momentos cafajestes dessa abjeta louvação da “norma popular da língua portuguesa”. Não é preciso aplicar a norma culta a concordâncias, aprendem os estudantes, porque “o fato de haver a palavra os (plural) já indica que se trata de mais de um livro”. Assim, continuam os exemplos, merece nota 10 quem achar que “nós pega o peixe”. E só podem espantar-se com um medonho “Os menino pega o peixe” os elitis...

A CIDADE IDEAL- CHICO BUARQUE

CACHORRO A cidade ideal dum cachorro Tem um poste por metro quadrado Não tem carro, não corro, não morro E também nunca fico apertado GALINHA A cidade ideal da galinha Tem as ruas cheias de minhoca A barriga fica tão quentinha Que transforma o milho em pipoca CRIANÇAS Atenção porque nesta cidade Corre-se a toda velocidade E atenção que o negócio está perto Restaurante assando galeto TODOS Mas não, mas não O sonho é meu e eu sonho que Deve ter alamedas verdes A cidade dos meus amores E, quem dera, os moradores E o prefeito e os varredores Fossem somente crianças Deve ter alamedas verdes A cidade dos meus amores E, quem dera, os moradores E o prefeito e os varredores E os pintores e os vendedores Fossem somente crianças GATA A cidade ideal de uma gata É um prato de tripa fresquinha Tem sardinha num bonde de lata Tem alcatra no final da linha JUMENTO Jumento é velho, velho e sabido E por isso já está prevenido A cidade é uma estranha senhora Que hoje sorri e amanhã te devora CRI...