O ano era 2025 e Brasília fervilhava sob o sol de agosto.
Gabriel Barbosa, o Gabigol, sentia a adrenalina percorrer suas veias no ônibus
do Flamengo rumo ao Mané Garrincha. O clássico contra o Santos prometia
faíscas, e a torcida rubro-negra, que invadira a capital, não o deixaria
esquecer a responsabilidade de balançar as redes. No mesmo avião que
aterrissara horas antes, Neymar, agora veterano do Peixe, sorria com a
nostalgia de pisar naquele gramado onde tantas vezes brilhou.
No entanto, a movimentação incomum na cidade não se restringia
ao futebol. Uma onda rosa e preta tomava conta das ruas: o BLACKPINK estava em
Brasília para um show histórico na mesma Arena BrB. Jennie e Rosé, com seus
óculos escuros estilosos, desembarcaram sob um séquito de seguranças e flashes,
prontas para incendiar o palco com seus hits contagiantes.
A ironia do destino quis que os hotéis das duas delegações
fossem vizinhos. Na tarde anterior ao jogo e ao show, Gabigol, entediado no
saguão, esbarrou em duas figuras elegantes de óculos escuros e máscaras
faciais. O choque foi quase literal.
"Aí, olha por onde anda!", resmungou Gabigol,
mal-humorado com a derrota sofrida no dia anterior.
As duas figuras se entreolharam. Uma delas, com um leve sotaque,
respondeu: "Desculpe. Estávamos um pouco distraídas." A voz soou
familiar, mas a máscara impedia qualquer reconhecimento.
No dia seguinte, a tensão nos camarotes do estádio era palpável.
O jogo era um festival de dribles e defesas, com as torcidas em êxtase. No
camarote vizinho ao da diretoria do Flamengo, Jennie e Rosé observavam com
curiosidade, alheias às regras do futebol, mas contagiadas pela energia do
público.
No intervalo, um burburinho percorreu os camarotes. Neymar, após
um primeiro tempo apagado, fora substituído. Cabisbaixo, ele caminhava pelos
corredores quando ouviu uma melodia inconfundível vindo de um televisor:
"DDU-DU DDU-DU". Curioso, espiou a tela e viu Jennie e Rosé
concedendo uma entrevista, sorridentes e acenando.
De repente, a porta do camarote se abriu e uma voz familiar
exclamou: "Neymar! Quanto tempo!". Era Gabigol, com um sorriso de
orelha a orelha, apontando para as artistas na tela.
"Você conhece elas?", perguntou Neymar, surpreso.
"Claro! A gente se esbarrou no hotel ontem. E acredite, a
Rosé quase derrubou meu café!", riu Gabigol.
O clímax da noite, porém, estava por vir. Após a vitória magra
do Flamengo com um gol de pênalti de Gabigol, enquanto os jogadores comemoravam
no vestiário, um segurança adentrou o local com um convite inesperado: o
BLACKPINK convidava o time para um breve encontro nos bastidores da Arena.
A surpresa foi geral. Gabigol, é claro, foi o mais animado. Nos
bastidores, em meio a luzes e staffs apressados, o encontro aconteceu. Neymar,
com seu carisma, logo puxou assunto com Jennie sobre a paixão global pela
música e pelo futebol, ambos capazes de unir multidões. Rosé, lembrando do
encontro no hotel, brincou com Gabigol sobre sua falta de atenção.
O final surpreendente veio quando Jennie, com um sorriso
misterioso, revelou: "Na verdade, viemos ao jogo hoje não só por
curiosidade. Somos grandes fãs do seu estilo, Gabigol. E temos uma proposta...
que tal uma participação especial no nosso próximo show?".
Gabigol, o artilheiro irreverente, o ídolo da Nação, ficou mudo,
com os olhos arregalados, enquanto Neymar gargalhava, imaginando o furacão
rubro-negro cantando e dançando KPOP. Aquele encontro inesperado em Brasília
unira dois mundos, provando que o espetáculo, seja nos gramados ou nos palcos,
fala uma língua universal.
Elaborado por Roner Gama, com suporte de I.A
INTERPRETAÇÃO
QUESTÃO 1. A
partir da narrativa, o que o encontro inesperado entre os jogadores de futebol
e as artistas de K-pop sugere sobre o espetáculo?
A. Que o espetáculo no Brasil é muito mais popular
do que o K-pop coreano.
B. Que o espetáculo, seja no futebol ou na música,
é uma forma de entretenimento restrita a cada cultura.
C. Que o espetáculo é uma ferramenta para gerar
rivalidade entre diferentes grupos culturais.
D. Que a linguagem do espetáculo, embora em
formatos diferentes, possui um apelo universal que transcende barreiras
culturais.
QUESTÃO 2. O
encontro em Brasília pode ser interpretado como um reflexo de qual
característica do mundo moderno?
A. A falta de interesse de culturas diferentes em
se misturarem.
B. O isolamento de subculturas, como o futebol e o
K-pop, em seus próprios nichos.
C. A convergência global de diferentes formas de
espetáculo, que se tornam produtos de consumo em massa e se sobrepõem no mesmo
espaço e tempo.
D.A diminuição da influência cultural do Brasil no
cenário internacional.
QUESTÃO 3. Como
a narrativa aborda a diversidade cultural ao unir os dois universos?
A. Destacando o estranhamento e a rejeição de Neymar e Gabigol
pela cultura coreana.
B. Sugerindo que a diversidade só é possível quando uma das
culturas se submete à outra.
C. Ilustrando como o espetáculo pode servir de ponte para o
diálogo e a compreensão entre culturas, independentemente das diferenças de
origem.
D. Mostrando que o futebol, sendo do Brasil, é superior à música
pop coreana
QUESTÃO 4. No
conto, os personagens Gabigol e Neymar, bem como as artistas de K-pop,
representam um momento na história de suas nações (K-POP representando a Korea
do Sul, Gabigol e Neymar representando o futebol brasileiro). Qual a principal
associação pode ser feita sobre essa representatividade?
A. O declínio da cultura esportiva e musical em seus países,
substituídas por influências externas.
B. A falta de conexão entre a cultura popular e a identidade
nacional.
C. A globalização e o poder de exportação de suas culturas,
tornando-se símbolos de sucesso e aspiração para seus países.
D. A ausência de talento e a falta de profissionalismo na nova
geração de artistas e atletas.
QUESTÃO 5. O encontro dos
personagens no conto, que promove a 'união' entre diferentes mundos, pode ser
associado, de forma crítica, ao contexto de polarização política e conflitos
globais, por quê?
A. Porque a união no conto é
uma representação literal da paz mundial, sem ironia.
B. Porque o conto demonstra
que o espetáculo é a principal causa dos conflitos políticos globais.
C. Porque a história sugere
que a solução para conflitos reais está em shows de K-pop e jogos de futebol.
D. Porque o conto, ao
apresentar uma união em um mundo de entretenimento, sublinha a ironia de como a
sociedade real está, muitas vezes, em conflito e polarização.
QUESTÃO 6 A partir do comportamento de Gabigol na
narrativa, como o seu humor evolui na
narrativa?
A. De um
jogador mal-humorado e alheio a outras culturas para um fã surpreso e
entusiasmado com a música pop coreana.
B. De um
jogador feliz e satisfeito para um jogador frustrado e mal-humorado.
C. De um
protagonista a um antagonista, perdendo seu destaque para os artistas.
D. De um
jogador focado no jogo para um jogador completamente distraído pelas
celebridades.
QUESTÃO 7. Qual a principal função de Brasília no conto?
A. Servir como
um cenário neutro para que a história possa acontecer, sem grande importância.
B. Destacar a
rivalidade regional entre o futebol do Rio de Janeiro e de São Paulo.
C. Mostrar as
belezas da capital brasileira e seus pontos turísticos, como cenário para uma
história de amor.
D. Apresentar
um espaço físico que permite o encontro de 'mundos' distintos, mas ambos
ligados ao espetáculo, de forma inesperada.
QUESTÃO 8.
Qual é o ponto culminante, ou clímax, do conto?
A. O convite
das artistas do BLACKPINK para que o time do Flamengo participe de seu próximo
show.
B. O momento em
que Gabigol esbarra nas artistas no hotel.
C. A
substituição de Neymar no segundo tempo do jogo.
D. O gol de
pênalti de Gabigol, que garante a vitória do Flamengo.
A. As
rivalidades esportivas e a importância de ser um bom perdedor.
B. A
universalidade do espetáculo e como ele pode criar pontes entre culturas e
pessoas de universos distintos.
C. A vida de
celebridades e os desafios de ser famoso.
D. A
importância da música na vida das pessoas.
A. Contraria a
ideia inicial de que os dois grupos são completamente diferentes e sem pontos
em comum, subvertendo a expectativa de uma rivalidade.
B. O leitor
esperava que os artistas do K-pop fossem hostis aos jogadores de futebol.
C. O jogo do
Flamengo foi interrompido para que o show pudesse começar mais cedo.
D. As artistas
decidem parar de cantar e se tornar jogadoras de futebol.
D - Que a linguagem do espetáculo, embora em formatos diferentes, possui um apelo universal que transcende barreiras culturais.
C - A convergência global de diferentes formas de espetáculo, que se tornam produtos de consumo em massa e se sobrepõem no mesmo espaço e tempo.
C - Ilustrando como o espetáculo pode servir de ponte para o diálogo e a compreensão entre culturas, independentemente das diferenças de origem.
C - A globalização e o poder de exportação de suas culturas, tornando-se símbolos de sucesso e aspiração para seus países.
D - Porque o conto, ao apresentar uma união em um mundo de entretenimento, sublinha a ironia de como a sociedade real está, muitas vezes, em conflito e polarização.
A - De um jogador mal-humorado e alheio a outras culturas para um fã surpreso e entusiasmado com a música pop coreana.
D - Apresentar um espaço físico que permite o encontro de 'mundos' distintos, mas ambos ligados ao espetáculo, de forma inesperada.
A - O convite das artistas do BLACKPINK para que o time do Flamengo participe de seu próximo show.
B - A universalidade do espetáculo e como ele pode criar pontes entre culturas e pessoas de universos distintos.
A - Contraria a ideia inicial de que os dois grupos são completamente diferentes e sem pontos em comum, subvertendo a expectativa de uma rivalidade.
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