A VONTADE DE PODER DA SANTÍSSIMA TRINDADE BOLSONARIANA E A CRUZADA CONTRA OS MENSAGEIROS DO COVID-19*.
Há um cálculo na jogada da Santíssima Trindade (Pai, Filho e as Fakenews). A retórica libertária antissistema – “não tô nem aí”– substitui a condução política “impura”do Estado por um comando missionário “puro” da nação. Em vez de agir como governante, age intencionalmente como um mártir destemido, independente e visionário, o ELEITO, que vive o RITO do sacrifício público das desmoralizações, xingamentos e panelaços dos eleitores para se fazer MITO.
“Ser (do) contra” o seu próprio governo é uma tática para obter um poder virtuoso acima da política corruptora da “boa ordem, da boa moral, dos bons costumes”. Um jogo do ganha ou ganha de qualquer modo. Ele é a unidade na revolta: um artilheiro solitário do exército “contra tudo que tá aí”, contra si mesmo se preciso manipular for. Um artilheiro, com a língua feito mira giratória, que precisa ser perseguido por todos e injustiçado pelos seus. É assim que ele ganha novas adesões. Apresenta-se como a Grande Vítima que serve de saco de pancadas no lugar do povo simples, ordeiro e trabalhador porque é o seu Grande Irmão: aquele que apanha no seu lugar para te defender e, com isso, ter o privilégio de ser sempre o primeiro a bater em você. Ele é o combatente que, ao sobreviver a agonia de ser traído por dentro, tem a missão heroica de denunciar tudo, todos, ele mesmo. Ele, o (des)político (des)comprometido que faz e desfaz o que não fez para despolitizar o rebanho, provocando um estado de susto que alerta suas ovelhas contra as tramoias dos outros, as raposas da política. Os outros tem ideologia, ele tem a verdade revelada.
A unidade é ele, o profeta que cura o rebanho e o chefe tribal que leva a Terra sem Males. A unidade do pensamento único, totalitário-afetivo que faz crer que os ELEITORES são especiais porque foram por ele ELEITOS quando aceitaram o chamado da cruzada moral libertadora em seus corações. Foram escolhidos para viverem a sina do rebanho imunizado que reconhece a sua desigualdade como “natural” e aceita as perdas de direitos como o preço a ser pago para seguir glorioso na sanha da travessia fantasiosa para a terra prometida. Foram escolhidos para viverem diariamente as batalhas apocalípticas do juízo final porque estão curados pela palavra (des)ideologizadora.
Agora, a batalha é contra o COVID e seu exército de mensageiros e devotos (STF, parlamentares, governadores, prefeitos, ministros tomados pelos demônios da OMS, mídias, esquerdistas, etc.) para salvar vida: a vida política dele que foi eleito presidente.
*Por Jacqueline Muniz, Antropóloga. 01/04/2020
A retórica libertária antissistema – “não tô nem aí”– substitui a condução política “impura”do Estado por um comando missionário “puro” da nação
Marcadores: Cultura , EDUCAÇÃO E ENSINO , Eleições
ACOMPANHE EM TEMPO REAL A EVOLUÇÃO DO COVID-19 NO BRASIL E NO MUNDO.
A plataforma criada e mantida pela OMS disponibiliza diariamente atualizações de evolução do COVID-19 em todos os continentes.
Clique no link: < https://experience.arcgis.com/experience/685d0ace521648f8a5beeeee1b9125cd >
1º. Itália com 86.498 casos;
2º. EUA com 85.228 casos;
3º. China com 82.230 casos;
4º Alemanha com 42.582 casos;
...
O Brasil aparece na 21º posição com 2915 casos.
O Covid-19 já contabiliza 26.654 (vinte e seis mil seiscentos e cinquenta e quatro) mortos em todos os continentes.
Por Roner Gama
A APOSTA ARRISCADA DE JAIR BOLSONARO
Praça São Pedro- Vaticano |
A imagem do Papa Francisco sozinho na Praça de São Pedro é
emblemática da situação em que o mundo vive atualmente por conta da pandemia
provocada pelo Covid-19, ou Coronavírus.
O cenário mundial é de terror. Mortos já se contam aos milhares na
Itália, Espanha, e avançam nos Estados Unidos. Na China, origem da Pandemia,
após contabilizar mais de 3 mil óbitos, tudo indica que conseguiram colocar sob
controle o avanço da epidemia. A Índia
declarou quarentena para uma das maiores populações do mundo, são mais de 1
bilhão de cidadãos. Difícil saber se conseguirão.
Aqui em terra tupiniquins, onde a política complica ainda mais os
fatos, o presidente Jair Bolsonaro praticamente abriu uma guerra contra a
imprensa e os 27 governadores Estaduais ao sugerir o fim da quarentena imposta
pelos chefes do executivo locais.
De fato, se o país continuar paralisado, uma recessão ainda maior
do que a deixada pela administração petista pode complicar seus planos (de Jair
Bolsonaro) para 2022. Em uma análise interessante, o jornalista Carlos
Alexandre de Souza (CB, 28/03/2020) alerta-nos da lógica bolsonarista para quem
os “Mortos não votam, ao contrário dos
atingidos pela crise”.
De
forma sucinta, alguns pontos precisam ser
atacados, tanto pelo governo federal, quanto por Estados: 1) Evitar o colapso
do frágil sistema de saúde; 2) Minimizar o contágio e, consequentemente, o
número de mortos; 3) evitar o colapso econômico do País.
O
presidente Jair Bolsonaro faz um jogo arriscado ao polarizar com governadores,
e, com os fatos, que estão aí mundialmente evidentes. Diante dessa situação,
estamos (nós, o povo) a mercê das circunstâncias políticas e econômicas dos eventos
que se sucederam tão rápidas que nos fogem a compreensão.
Uma
coisa é certa, queremos trabalhar e prosperar, mas com a certeza de que medidas
sérias e sinceras estão sendo tomadas por governantes (de todas as esferas de
poder) para minimizar os riscos decorrentes da Pandemia do Covid-19. A nós,
gente comum, não nos interessa se estão preocupados com as eleições de 2022, porque estamos
preocupados é com o “pão nosso de cada dia”.
Por Roner Gama.
A saúva e o Brasil. Por Alexandre Garcia*
a verdade, o que estamos semeando se chama depressão. Sem produção não há arrecadação para custear a saúde e pagar o funcionalismo. Sem produção não se pagam impostos nem credores nem empregados.
Há
200 anos, o naturalista francês Auguste de Saint Hilaire, que percorreu o
Brasil por seis anos, advertiu: “Ou o Brasil acaba com a saúva, ou a saúva
acaba com o Brasil”. Nestes tempos de recolhimento que nos fazem pensar, a
advertência continua atual. A formiga já está sobe controle, mas há muitas
saúvas que insistem em acabar com o país, ainda que depois da devastação nada
mais tenham para se sustentar. Entre elas está a saúva do masoquismo. Não
precisamos sofrer para pagarmos nossos pecados e ganhar a vida eterna. Se
ficarmos à mercê dos arautos do medo, seremos presa dessa saúva. Intimida e
reina.
Nesta
virose, aplaudimos enterros e corruptos e ignoramos heróis, Amyr Klink
atravessou remando sozinho o Atlântico Sul, na Namíbia à Bahia, que não lhe
caiu um único pedaço de papel picado nas grandes avenidas do país. A professora
Helley Batista deu a vida salvando 25 crianças, mas é uma desconhecida na
maioria das escolas brasileiras. Entregamos os impostos gerados pelo nosso
trabalho aos que saqueavam nossas estatais e serviços públicos e não apenas
ficamos calados, mas os reelegemos.
Agora,
o herói é o coronavírus. O Brasil está posto de joelhos diante dele. Virose,
neurose, psicose, são apenas rimas e não são a solução. Estão sendo cautelosos
os economistas que preveem uma profunda recessão se continuarmos assim. Na
verdade, o que estamos semeando se chama depressão. Sem produção não há arrecadação
para custear a saúde e pagar o funcionalismo. Sem produção não se pagam
impostos nem credores nem empregados.
Sem caixa, companhias aéreas não pagam combustível e não decolam. Sem
dinheiro, não se come. E dinheiro não cai do céu nem vem de graça como o vírus.
Municípios
com zero coronavírus foram paralisados por prefeitos com neurose agravada pela
proximidade da eleição municipal. Não há soluções simples. A Itália pôs todos
em casa, e os jovens levaram o vírus para os idosos acamados em domicílio. É preciso
proteger os de saúde já debilitada, e considerar que o Brasil é um país
continente. O que é preciso fazer em São Paulo ao será preciso no Pará. O que é
preciso fazer onde houver um único caso não será necessário em lugar sem
registro algum do vírus. Quase 30% da população da Itália são de idosos. Europeus ainda fumam muito;
nós estamos entre os países com menos fumantes, com menos gente de risco. Então,
é preciso a cada dia avaliar a atividade do vírus e a atividade econômica. E
dar a ambos a dose certa para preservar os brasileiros.
*Publicado
no Correio Braziliense, de 25 de março de 2020, caderno Política, p.3.
COMENTO
O presidente Jair Bolsonaro é muito espontâneo, um falastrão a bem da verdade. No entanto, nesse ponto especificamente devo concordar que a situação de paralisação do país é preocupante, pois pode nos levar a uma recessão pior do que a deixada pelo último governante petista.
Como bem ressaltado no texto, é preciso avaliar e monitorar a evolução epidêmica do Covid-19 concomitantemente ao desempenho da economia. Devemos nos lembrar que o país ainda possui milhões de miseráveis e desempregados. A paralisação de indústrias, comércio e serviços por um longo período deixará uma legado pior do que o Corona Vírus.
Aguardemos quais decisões governos estaduais e federal vão adotar para que possamos retornar às atividades de maneira tranquila, mas com responsabilidade.
Roner Gama
COMENTO
O presidente Jair Bolsonaro é muito espontâneo, um falastrão a bem da verdade. No entanto, nesse ponto especificamente devo concordar que a situação de paralisação do país é preocupante, pois pode nos levar a uma recessão pior do que a deixada pelo último governante petista.
Como bem ressaltado no texto, é preciso avaliar e monitorar a evolução epidêmica do Covid-19 concomitantemente ao desempenho da economia. Devemos nos lembrar que o país ainda possui milhões de miseráveis e desempregados. A paralisação de indústrias, comércio e serviços por um longo período deixará uma legado pior do que o Corona Vírus.
Aguardemos quais decisões governos estaduais e federal vão adotar para que possamos retornar às atividades de maneira tranquila, mas com responsabilidade.
Roner Gama
A LEI 6517/2020 E A NECESSÁRIA INTEGRAÇÃO DAS BASES DE DADOS DA SEGURANÇA PÚBLICA.
LEI Nº
6.517, DE 04 DE MARÇO DE 2020-03-24
(Autoria
do Projeto : Deputado Hermeto)
Dispõe sobre a integração dos sistemas e bancos de dados dos órgãos de
segurança pública do Distrito Federal.
O Presidente
da Câmara Legislativa do Distrito Federal promulga, nos termos do §6º do art. 74 da Lei Orgânica do
Distrito Federal, a seguinte Lei, oriunda de Projeto vetado pelo Governador do
Distrito Federal e mantido pela Câmara Legislativa do Distrito Federal:
Art.1º Fica
estabelecido o prazo máximo de 1 ano da publicação desta Lei para integração
dos sistemas e bancos de dados dos órgãos de segurança pública do Distrito
Federal.
Parágrafo
único. Devem contar do rol de integração, obrigatoriamente, os sistemas:
I - Sistema Gerenciador de Ocorrências – SGO, da
Secretaria de Estado de Segurança Pública;
II -
Millenium e Siapen, da Polícia Civil do Distrito Federal;
III -
Gênesis, da Polícia Militar do Distrito Federal;
IV - Getran/
CCOTRAN – GERCOP, do Departamento de Trânsito do Distrito Federal.
Art. 2º A
Secretaria de Estado de Segurança Pública do Distrito Federa deve envidar
esforços para realizar convênios para integração com sistemas e bancos de dados
dos órgãos de outros entes da federação, especialmente com os integrantes
operacionais do Sistema Único de Segurança Pública.
Art. 3º O
não cumprimento do prazo de integração previsto no art. 1º e a recurs ou
omissão, sem justificação adequada, do previsto no art. 2º importam em crime de
responsabilidade das autoridades competentes.
Parágrafo
único. Consideram-se omissão as solicitações , requisições e disponibilizações
recebidas de órgãos de outros entes federativos, com intuito de promover integração
de sistemas ou bancos de dados, não respondidas no prazo máximo de 30 dias.
Art. 4º Esta
Lei entra em vigor na data da sua publicação.
Brasília,
12 de março de 2020
DEPUTADO
RAFAEL PRUDENTE
Presidente
Com o um sistema
punitivo paternalista que vige no país e extremos de desigualdades social,
tem-se aí a fórmula para que brote em todo território nacional a
criminalidade em todas as suas facetas, do furto ao narcotráfico, do roubo ao
homicídio. A integração proposta na Lei 6517/2020 proporcionará aos gestores de
segurança pública: I) Informações para tomada de decisões em suas respectivas
áreas de atuação; II) Potencializar as atividades de inteligência em suas
respectivas corporações.
Deve-se
considerar ainda o disposto na Política Nacional de Inteligência (ABIN) "A atividade de Inteligência deve possuir abrangência
tal que lhe possibilite identificar ameaças, riscos e oportunidades ao País e à
sua população". Dessa forma, a lei de autoria do nobre deputado Hermeto
chega em momento mais que oportuno. Ao fim, espera-se que a integração possibilite a diminuição do crime e da violência que assola algumas regiões do DF. O maior beneficiário com a referida lei deve ser, de fato, a população do Distrito Federal.
Roner Gama
(Covid - 19) . Reposta da população.
VISÃO DO CORREIO*
A
sociedade brasileira, em sua esmagadora maioria, entendeu a gravidade
representada pela pandemia do novo coronavírus e respondeu, adequadamente, aos
apelos das autoridades e da comunidade médica para ficar dentro de casa e
apostar no isolamento social como forma de barrar a velocidade de contaminação
da enfermidade denominada COVID-19. O momento é de resguardar as pessoas mais
vulneráveis, os idosos e portadores de enfermidades como câncer, cardíacas e
com sistema imunológico fragilizado. Mesmo assim, no fim de semana, ocorreram
exceções, sobretudo por parte da faixa mais exposta da população aos
devastadores efeitos da doença, homens e mulheres acima de 60 anos que
insistiram em sair às compras nas farmácias e supermercados.
Medidas
restritivas, como o isolamento social, devem prevalecer. É sabido que a maioria
das pessoas vai contrair o vírus e, se todas ficarem doentes aos mesmo tempo,
os sistemas de saúde público e privado vão entrar em colapso e as equipes
médicas terão de decidir quem vai viver e quem vai morrer. Com o isolamento, a
contaminação será mais lenta e ão haverá falta de leitos e de respiradores nos
centros de tratamento intensivo (CTIs) dos hospitais. Essa triste realidade
está acontecendo na Itália e na Espanha, por exemplo, onde os óbitos são
contados aos milhares.
Deve-se
lembrar, também, que se houver superlotação nas unidades hospitalares por causa
do coronavírus, pessoas com outras enfermidades graves e vítimas de acidentes
não receberão atendimento. Ressalte-se que o sistema de saúde do país é
completamente deficiente em tempos normais, e, com a pandemia que se instalou
em praticamente todo o território nacional, a certeza é de que as dificuldades
serão bem maiores, inclusive com o estrangulamento do sistema de saúde em
determinado período, principalmente em São Paulo , Rio de Janeiro e Minas Gerais, os três estados mais populosos.
A previsão do
Ministério da Saúde é de que o pico dos casos se dará entre os dias 6 e 21 de
abril, o que significa que o grosso da contaminação está acontecendo agora. E
se intensificará nos próximos dias. Daí a importância de a população seguir em
isolamento social E se medidas mais duras tiverem de ser tomadas, não pode
haver hesitação por parte das autoridades, pois o pior dos mundos seria o
colapso do frágil sistema de saúde.
Pesquisas
recentes indicam que a maior parte dos brasileiros teme a pandemia e concorda
com as decisões adotadas por governantes estaduais e municipais, como o
fechamento das escolas, do comércio e do trasporte interestadual e, em muitos
casos, do intermunicipal. O controle das fronteiras já fechadas deve ser
rigoroso e se, a situação ameaçar fugir de controle, decisões mais restritivas,
como a quarentena em todo o país, devem ser tomadas imediatamente. Por tudo
isso, todos têm de permanecer em seus lares, sem alimentar o pânico e com
certeza de estar fazendo a sua parte em hora tão dramática.
*Publicado no Correio Braziliense de 23 de março de 2020. Caderno Opinião, p. 10
Ressalte-se que o sistema de saúde do país é completamente deficiente em tempos normais, e, com a pandemia que se instalou em praticamente todo o território nacional, a certeza é de que as dificuldades serão bem maiores, inclusive com o estrangulamento do sistema de saúde em determinado período, principalmente em São Paulo , Rio de Janeiro e Minas