Letra : Jorge Ataíde Calção roto, camisa suja Olhar maroto e fugindo à rusga Rouba o que ver e o que pode tirar Não escreve , não lê , não sabe chorar Miúdo da rua sem eira nem beira com tecto de lua, sem cama nem esteira Miúdo da rua, nascido do vento verdade tão nua, produto do tempo Andar traquina, descalço e só Senta-se a esquina, até mete dó Não tem o carinho dum pai, duma mãe Bebe copos de vinho e sente-se alguém Coragem não falta pro mundo encarar Corre e salta sem nunca parar O dia que vem vai-se repetir Não sonha não tem direito a sorrir