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"UM GOVERNADOR PARA SER SOMENTE SEU"

  Estamos no terceiro ano do governador Ibaneis Rocha, e a praticamente um ano e dois meses de início do período eleitoral. Policiais e Bombeiros Militares estão insatisfeitos com o trato do Governador com as categorias militares, haja vista que até momento não se avançou em nenhuma proposta de alterações na carreira, além das constantes ameaças de perdas de direitos vindas de projetos que tramitam no Congresso Nacional. Nesse cenário, sem perspectivas de mudanças, crescem movimentos de pré-candidatos com seus vídeos de indignação, sugestões, acusações mútuas, etc. Ações sem efeitos práticos. Lembro-me que em 2009, ano de publicação da 12086/09, a lei foi aprovada e tínhamos apenas o Deputado Alberto Fraga na Câmara Federal, e ainda como suplente.  Qual a diferença? Por que com dois deputados distritais bem votados e aliados do Governador a coisa não engrena? Talvez, a resposta esteja lá na formação do Governo Arruda. Em todo  governo existem aqueles que o Gover...

ECONOMIA SURPREENDE

  A se confirmar o resultado sinalizado pelo Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC – Br), praticamente todos os analistas de mercado do país erraram feio nos prognósticos para a Economia brasileira no primeiro trimestre deste ano. Na média, as previsões desses especialistas indicavam que haveria forte queda. Mas, contrariando as estimativas, o indicador do BC, tido como uma espécie de prévia do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, aponta para uma surpreendente alta de 2,3% na atividade produtiva nos três primeiros meses do ano. Divulgado na última quinta-feira, o IBC-Br apurou que em março, na comparação com fevereiro, houve queda de 1,59%, a primeira após 10 meses de altas consecutivas. Contudo, ficou 6,26% acima de março de 2020. E, no confronto com o último trimestre do ano anterior, avançou 2,3%. Pela expectativa dos analistas, em março a economia desabaria 3,3%, em média , levando o PIB do primeiro trimestre para o...

POLÍTICA E A NEGOCIAÇÃO DOS CONFLITOS

  Em política o que existem são conflitos a serem gerenciados, negociados ou mesmo rechaçados.  Cabe ao político avaliar aqueles conflitos que de fato podem ser gerenciados e negociados. Tudo é uma questão de percepção e avaliação dos desgastes e se há algum bônus. Em um país extremamente polarizado entre ideologias de   extrema direita e a extrema esquerda, com um cenário de Pandemia, desemprego e inflação em alta, qualquer situação conflituosa se torna desgastante explosiva. É o caso, por exemplo, da atual CPI. É o caso das decisões do STF. Até uma simples aquisição de vacinas para salvar vidas torna-se um cabo de guerra, uma situação que não deveria ter “vencedores ou perdedores”. Talvez ,por isso, alguns indivíduos descerabrados tem ido para as ruas gritar “intervenção militar” e outros golpes à nossa sofrida democracia. Deve-se considerar e avaliar que os posicionamentos políticos intransigentes e raivosos  tendem apenas a tensionar os ânimos, e manter a...

O "ESFRIAMENTO" DO DF EM TEMPOS DE PANDEMIA

Andar pelo DF hoje, que neste mês comemorou seus 61 anos da fundação de Brasília,  é sentir falta da movimentação de pessoas, do trânsito agitado, do crianças andando pelas ruas, entrando e saindo das escolas. A pandemia "esfriou" a cidade, parece que voltamos aos anos 80, quando o quadrilátero  tinha pouco mais de 1 milhão de habitantes, mas ainda assim movimentada.  Estamos tão acostumados com a agitação das cidades que nos causa estranhamento esse "calmaria". No entanto, deve-nos causar também preocupação, pois é sinal de anormalidade. O instituto do lockdown com fins a se evitar aglomerações é uma foice que ceifa empregos e renda (11 milhões segundo a OIT)*.   Não estou aqui a criticar a medida. É necessária. Mas, infelizmente, teremos que lamentar os mortos pela pandemia, e ainda amargar uma crise sem precedentes em nossa cidade e nosso país. Crise que aumentou o número de desempregados, pedintes, homens, mulheres e crianças (muitas) nos semáforos a vender ...

O AVIÃO DE PAPEL

Certa noite, minha filha mais nova, Larissa, chegou da casa de sua avô com um avião de papel. Aqueles feitos de folha A4. Estava encantada com o aviãozinho que sua prima havia lhe construído.  Fiquei pensativo. Como as crianças ficam felizes com tão pouco: com a simplicidade do presente, com a descoberta de que aquele aviãozinho pode voar.  Em um momento em que estamos mergulhados numa pandemia fatal, com milhões de pessoas perdendo seus empregos, com uma polarização política e ideológica que em nada colabora para sairmos do buraco, ver uma criança feliz com tão pouco é de nos remeter a reflexões. Primeiro, o adulto perde sua sensibilidade ao longo de sua caminhada em sociedade. Socializando, parece se embrutecer. As frustrações nos tornam insensíveis, tiram nossa visão e concepção de que o mundo é um lugar bom para se viver, e pode se tornar melhor.  Segundo, parece que nos esforçamos para esse quadro piorar. Somos egoístas, queremos tudo, mas só podemos ter o que está...

QUEM INDICA NÃO SERÁ INDICIADO.

 Escrito no CB por  Circe Cunha (circercunha.df@dabr.com.br) Para aqueles que criticam e enxergam, na exacerbada judicialização da política e no ativismo judicial que experimentamos, uma ameaça ao Estado democrático de direito, resta o consolo da contrapartida, representada pela nefasta politização da Justiça, um fenômeno igualmente desestabilizador da harmonia entre Poderes da República, e que, não raro, tem sido a principal causa a prolongar o divórcio litigioso entre a população e o próprio Estado. De fato, por sua composição e pelo modelo de indicação dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), surpreendente seria que a Corte se mostrasse indiferente às questões políticas, sobretudo, àquelas que interessam direta ou particularmente ao chefe do executivo. Essa constatação vem a propósito da recente divulgação, em todos os noticiários, das férias idílicas e da lua de mel do ex-presidente Lula na ilha fechada dos irmãos Castro, também conhecida por Cuba. Não haveria na...

DESMONTE* (Lava-Jato)

  Aos poucos e sem muito alarde, para não melindrar a opinião pública, a Lava-Jato, ou seja, a mais importante operação contra a corrupção e lavagem de dinheiro feita em toda a história do nosso país, vai, como alguns haviam prevenido, sendo desmontada, peça por peça, graças à ação de forças poderosas dentro e fora da máquina do Estado. Esse desmanche nas esperanças d muitos brasileiros de bem vai sendo seguido, pari passu com uma sequência de vitórias nos tribunais superiores, inclusive no Supremo Tribunal Federal, de ações impetradas pela defesa do ex-presidente Lula, o mais vistoso e implicado dos personagens dessa que foi mais exitosa operação do Ministério Público e da Polícia Federal em todos os tempos. Trata-se, aqui, de autoflagelação imposta por parte de agentes da Justiça à própria Justiça às leis, tornando letra morta a maioria dos artigos que compõem os códigos civis e criminais. Nesse processo que vai comendo pelas beiradas o que parecia ser o nascimento de um novo ...