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DIEGESE DO FILME “ATÉ O ULTÍMO HOMEM” do DIRETOR MEL GIBSON

Nada melhor do que assistir a um filme. Nada melhor do que assistir a um filme que inicialmente seria um clichê de guerra, mas que se revela ao longo do enredo como uma ode ao herói anônimo. Nada melhor do que assistir a um filme que nos leva à reflexão. O enredo do filme, dirigido por Mel Gibson (da franquia Duro de Matar) se passa na II Guerra Mundial, mais precisamente nos remete à invasão de Okinawa , uma ilha que tem cerca de 100 km de comprimento e não mais de 32 km de largura em seu ponto mais largo, fora completamente fortificada por uma guarnição japonesa de cerca de 100.000 homens, conforme nos informa a Enciclopédia Britânica online. O protagonista da heroica invasão é um soldado médico Desmond Doss, que ficou conhecido como "objetor de consciência", ou seja, aquele sujeito crítico, o que é não bom no meio militar, cuja cultura está fortemente arraigada na disciplina e hierarquia.   Agora imaginem o sujeito que tem como arma apenas a bíblia. Pois é, ao m...

Muito além do Bolsa Família*.

De fato, qualquer político que ouse decretar o fim desse programa terá que sofrer as consequências dessa decisão. A primeira e a mais danosa seria justamente a sua não eleição e condenação política por parte de milhões de brasileiros que vivem sob o abrigo desse programa e não têm nem pressa nem vontade de abandoná-lo tão cedo.  Como não poderia deixar de ser, vem aí o novo Bolsa Família. Dessa vez, com a cara e a digital do governo Bolsonaro. A fórmula repete a receita que vem sendo feita desde a criação do programa social. A cada novo governo, o programa ganha os matizes ideológicos juntamente com o conteúdo programático e político do novo ocupante do Executivo.  Apenas por essa faceta, é possível afirmar, entre outras coisas, que o programa social, concebido no governo Fernando Henrique como Bolsa Escola e que visava garantir, por meio de uma renda mínima, que crianças e adolescentes não abandonassem os estudos e a escola, fosse sendo mudado, para atender  a ori...

MAJOR JORGE PARA MINISTRO DO STF. É POSSÍVEL, SIM!

O ministro da Secretiara-Geral do governo Jair Bolsonaro,  Jorge Antônio  Oliveira , também Major QOPM da PMDF (RR), está em posição privilegiada. Aí chegou por seus méritos e circunstâncias da vida privada e política.  Vamos ao ponto, existe hoje a possibilidade real do Ministro assumir uma vaga que se abrirá no Supremo. E ele tem todas as condições para isso: 1) nunca esteve vinculado a partidos políticos, seja de esquerda ou mesmo de direita; 2) além da formação em direito, passou uma década atuando no parlamento, através da PMDF, acompanhando proposições legislativas o que o levou a estudos profundos sobre a legislação castrense, previdência dentre outras; 3) Ocupa um cargo que o deixa em proximidade do presidente da república; 4) Sua posição, apesar de privilegiada, não o coloca em polêmicas desgastantes; tal qual ocorre hoje com o competente Ministro Sérgio Moro. Dessa forma, existe a real possibilidade de termos no Supremo Tribunal Federal, o primeiro mil...

2019: um ano para ser esquecido

Tradicionalmente, a cada fim de ano, a imprensa elabora resumos dos fatos que mais se destacaram ao longo dos últimos 365 dias. Para ficar apenas nos fatos mais importantes dos últimos meses no âmbito dos poderes da República, há de os acontecimentos  mais recentes estragarem o espírito festivo das pessoas, mesmo daquelas acostumados  às bizarrices deste nosso país surreal.  De modo geral, as respostas dos Poderes da República, onde estão parte daqueles que foram eleitos pelos cidadãos e se encontraram também os diretamente indicados pelos cidadãos e se encontram também os diretamente indicados pelos eleitos, continuam dessintonizados dos anseios de grande parte da população. Na verdade, e pelos últimos acontecimentos , é possível afirmar que existe um divórcio litigioso ente a sociedade e os poderes. Ainda é possível afirmar que 2019 ficará marcado na memória de todos como um período de forte retrocesso e de um contra-ataque das forças do atraso que sempre integrara...

A MANIFESTAÇÃO DE PAIXÕES NO LIVRO A ELITE DA TROPA 2: UMA ANÁLISE SEMIÓTICA

O presente trabalho tem por objetivo estudar à luz da semiótica francesa, trechos do livro A elite da tropa 2, obra lançada pela editora Nova Fronteira em 2010, de autoria de Luiz Eduardo Soares, Cláudio Ferraz, André Batista e Rodrigo Pimentel. A narrativa romanceia o mundo difícil da sociedade e da polícia carioca, sua rotina de confronto com as milícias e com a corrupção, diferenciando-se das narrativas policiais ficcionais convencionais pelo fato de os enunciadores simularem suas vivências pessoais, para criarem na obra não somente efeito de sentido de subjetividade, mas também pela simulação do uso do microblog Twitter. (...) O objetivo geral deste trabalho é o de analisar a maneira como o enunciador/narrador Dracon1ano é (re)construído no interior da obra. Texto Disponível na íntegra em : < https://drive.google.com/file/d/1-xpRXWojf20aE9WmY4W1dHbnFfoGBOaV/view?usp=sharing >

NASCE UMA ESTRELA*.

Em 21 de maio de 1983, Ana Flávia e Marcelo chegam à família Gama Dias de Lima. Parentes e amigos orgulhosos com o casal de gêmeos. Dois dias depois, a notícia de que Marcelo nasceu com síndrome de Down, deficiência    mental e intelectual. “Andaria tardiamente, dificilmente falaria, aprendizagem reduzida, vida curta devido aos comprometimentos cardíacos e digestivos”. Depois de 11 dias, o diagnóstico, de CIV (comunicação intraventricular invertida): “Se não operar, ele não sobreviverá”. Iniciou-se a vida do nosso Marcelo. Em quatro meses, 11 pneumonias e a corrida para operar: internações, quatro meses em São Paulo, cariologista, fisioterapias, estimulação psicomotora, endócrino, psicólogo, natação, escotismo, medicação e alimentação controladas. Nasce o desafio da sobrevivência , buscar o possível nas limitações, que a visão sobre a síndrome impõe: a exclusão social, a ignorância do que significa uma pessoa na condição de deficiente e à margem dos recursos de inclusã...

O LEGADO DE ESTER

O LEGADO DE ESTER Estivemos, eu e minha esposa, no teatro Eva Herz, no fim de semana passado (06/04),  ali no shopping Iguatemi (Lago Norte-DF). A peça que nos instigou o interesse foi “O Legado de Ester”, baseado na obra homônima de Sándor Márai, considerado o ícone da literatura húngara. O foco da trama é o retorno de Lajos (leia-se Laios) à residência, ou lar, de sua antiga “amante”, após uma ausência de 20 anos. Aqui usei a expressão “amante”, pois, na verdade, Ester era sua cunhada com quem teve um caso amoroso, após a morte da única irmã dela. Deve-se ressaltar que havia uma relação conflituosa entre as duas, o que talvez favoreceu a aproximação entre o casal de personagens que são o foco da trama.  Faz parte do triunvirato, além dos dois personagens citados, Nunu, uma agregada da família. As relações interpessoais são postas à prova nos diálogos entre Nunu e Ester,  revelando pouco a pouco, como os diversos novelos espalhados em cena, o caráter de Lajos...